Circulei e voltei à redoma, onde o apego material é constante.
A respiração, afoita na sobrevivência, aflita na inconstância
nunca foi suficiente para me oxigenar o sangue.
Circulei e voltei à redoma, onde o apego material é constante.
A respiração, afoita na sobrevivência, aflita na inconstância
nunca foi suficiente para me oxigenar o sangue.
com a liberdade condicionada à existência material
consagrada e diabolizada, deificada até ao banal
a corrente física do serviço tributário
analisou a vida como expediente ordinário
com obrigações a juros, assámos então as sardinhas
com o calor, o sufoco e a areia nas virilhas
pesada bola (de berlim), ainda presa à corrente
arrasta o iludido, doce, docemente
a centopeia do alcatrão dos estivais iludidos
continuou pelo serão sem nos dar ouvidos
de volta à toca, mundana e infeliz
com a pele quente neste africano trovejar
de quem nunca viu sequer uma tatuagem do ultramar
dei de caras com as escaras, pus o puz no devído síto.
circundei a ferida com a minha navalha romba
esfreguei sal grosso no sangue que, entretanto, fugia a jorros.
mordi a língua, rangi os dentes
um laspo do tempo fugiu de mim.
pra mal dos meus pecados
terminei a noite, extasiado de dor
suponho que assim, me tenha preparado
para ainda nesta vida poder ir ao teu teatro.
Não te podiam chamar estrela sem que te risses.
Afinal, mesmo quando o céu nocturno está cheio de estrelas, a sua luz não ilumina.
Abre os olhos,
estica os dedos,
saboreia o ar que te rodeia
a voz que te fala ao ouvido nem sempre te quer o mal