Escrita de Pressão. Também em Jorros de Litro.
25
Ago 09
publicado por A.Bruto, às 10:03link do post | comentar

Lidas à itaiana,com ênfase nas sílabas roladas,

como se a forma conseguisse emprestar alguma dignidade

ao que foi dito entre duas vontades

 

 


21
Ago 09
publicado por A.Bruto, às 17:43link do post | comentar

 

Lentamente, o cerco foi declarado, acto de guerra indiferente à situação do indigente país em que se tornou a minha mente. As povoações em pânico soltam gases de pavor enquanto sulfurosos gritos engasgam gargantas tapadas. Soltaram-se as feras dentro da jaula, famintas de vontades.

 


18
Ago 09
publicado por A.Bruto, às 11:44link do post | comentar

A liberdade do teu abraço

é tão opressiva como o meu cansaço


11
Ago 09
publicado por A.Bruto, às 12:44link do post | comentar | ver comentários (4)

porque sou fraco e caio em tentação

e informo-me

porque não consigo deixar de pensar

e repensar (e odeio pensar)

porque não consigo deixar de olhar para o buraco que há bem dentro de mim

(onde tu cabes na perfeição)

e ando aos encontrões

sabendo que o rumo não era impossível de descobrir

 

porque estou magoado

por andares em frente

(de olhos vendados)

quando eu, o eterno eu,

nunca soube andar contigo sem ser

de lado

 

porque te desejo, neste momento, com toda a gana

que te façam passar por toda a mágoa do mundo

para poder esperar que, um dia, caias em ti

e, inevitavelmente, em mim

 

porque esta pausa será eterna

 


05
Ago 09
publicado por A.Bruto, às 11:25link do post | comentar | ver comentários (2)

Balança a pança

com bonomia,

olha-te de lado,

na indecisão

de te dar a mão

na desconjuntada

terapia da dança

da razão.

 

 

 

 

 

 

 


04
Ago 09
publicado por A.Bruto, às 11:20link do post | comentar

De resto, tremo consideravelmente de há uns meses para cá.

Sempre que bocejo, e agora bocejo constantemente, sinto um formigueiro nos braços. Os dentes, que ainda rangem durante a noite, tornam-se insensíveis aos eléctricos espasmos que me percorrem a espinha dorsal.

 

 

 

O equilíbrio,

 

já de si instável,

 

consegue ser ainda mais vertiginoso, sentindo por vezes que me falta

 

o chão

 

 

 

 

 

 

por baixo dos pés.

 

Ao fixar as letras no monitor, ou qualquer outro ponto que esteja em qualquer outro lugar, na parede, no chão, no ar, desisto do resto do mundo e ignoro-o.

 

Perco horas de vida a fixar o momento.


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