se fosses um grão de areia,
ter-te-ias alojado no meu olho.
e para te expulsar da minha visão,
irritado com tamanha maçada que me impede de vislumbrar
em grande e em pequeno, em três dimensões e tudo o mais,
ignorei as senhoras, médicas do saber feito, que me incitavam
para que lave a vista com soros
e outras gotas e mezinhas com as águas que curam os males da visão.
teimoso que sou, na minha própria estupidez,
esfreguei-te e provoquei uma infecção.
agora, tudo o que vejo passa primeiro por ti