Escrita de Pressão. Também em Jorros de Litro.
19
Mar 12
publicado por A.Bruto, às 16:37link do post | comentar | ver comentários (2)

à eterna vontade de fazer sobrepõe-se

a falta de jeito,

a ausencia de arte,

o nulo sacrifício

e a eterna preguiça.

não há volta a dar,

o que na cabeça soa lá,

na prática é um dó.

 


13
Mar 12
publicado por A.Bruto, às 15:16link do post | comentar

A lingua presa do feito e refeito,

do já está e não volta.

Sempre o fim, e do fim e ao cabo,

que deixou estreito, feito e refeito,

a  alternativa de fazê-lo melhor.

Do foi e não foi, fui o grande imperfeito

que esqueceu o malfeito

e vive, por defeito, infeliz e melhor.

Do salto maldito, do dia perdido,

da viagem do engano,

do engenhoso plano

de ter uma vida que se pensa maior.

Esperando o final, em aberto despeito,

escolhido por outros, em aberto rancor.

O erro está feito, e dentro do peito

carrego o defeito de não ser pior.

 

 


publicado por A.Bruto, às 14:59link do post | comentar | ver comentários (2)

atirei-me de olhos abertos

chorei no caminho, o vento a bater na cara como minúsculas agulhas

lâminas que separavam a pele dos músculos e os músculos dos ossos

vi o fim chegar, toquei-lhe com a ponta do nariz

tão perto que o cheiro da calçada molhada

e do sangue derramado

nunca mais me largou

 

 

 


01
Mar 12
publicado por A.Bruto, às 18:11link do post | comentar

com o cheiro a terra molhada, relembro as largadas de toiros ("à moda de pamplona") que a infancia levou, entre dores de barriga por comer tanto tremoço, enquanto se espreitava uma nesga do boi por baixo da paliçada construída para o efeito. e é por isso que os meus amigos, que são tão amigos meus como dos animais, não compreendem porque não os acompanho em marchas inúteis e verdes palavras de ordem.

 


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